As vezes você chega quando alguem já está. Não é fácil. Você chega em um precipício e joga seu coração de lá, apenas para sentir alguma coisa. Qualquer coisa que seja sentida.

A noite sempre escuto as mulheres de Chico e guardo a minha insonia para elas. Você é uma delas, Lígia talvez. Esqueci no piano as bobagens de amor que eu iria dizer. Voltaria para o piano, apenas para te ver tocar. Mas prefiro as letras.

Daqui imagino você, com uma queda por francês. Joana Francesa. Sei de longe e sei de cor. Geme de prazer e de pavor. Imagino você abrindo uma bebida qualquer para espantar o frio e tentar buscar na musica algo.

Você é novidade. Levei todo esse tempo para escrever o que não pode ser lido. Ninguem poderia entender mesmo.

Continuo te escrevendo por entre as mulheres do Chico, fica mais bela assim. Sem doer. Fico aqui. Ainda esperando que amanha saia o sol.

terça-feira, 19 de junho de 2012 às 14:58 , 0 Comments

Ela !

É coisa que se ensine o amor? Creio que não, ela crê que sim.

Complicado assim né?  Você me bagunça, confunde e tumultua tudo aqui por dentro. Mas por contra ponto você me faz tantotanto bem que fica difícil ficar longe desse turbilhão.
Gostaria de saber seus horários e ligar em plena madrugada para dizer que tive um sonho ruim, e logo depois pedir milhões de desculpas por ter te acordado. Gostaria de ter não ter de abrir mão da autonomia. Gostaria do preto no branco, da certeza, do ter ou não ter.
Mas de encontro em encontro, vou controlando a ausência. Ta, não queria sentir essa ausência, sou a dona do “Ta tudo bem” com um sorriso amarelo no rosto mais fajuto que existe. Queria me render ao impulso de te ligar e passar um tempo enorme e interminavel numa conversa sem rumo apenas para ver as notas musicais da sua voz.
Confesso que me assustei. Não sabia a que ponto havia chegado. Não faço concretizações. Deixo assim, do jeitinho que está. Que há de ser o que tiver de lindo. Porque a pressa confunde ainda mais.
Levo a vida assim devagar para não faltar amor.

segunda-feira, 18 de junho de 2012 às 18:19 , 0 Comments

...

Que eu faça fantasia mesmo acordada.

Por mais que a confusão tome conta de mim, ultimamente ando tendo muita fé. Ando prestando atenção em todos os papos, furados ou não. Ando escrevendo sobre paixões e tomando sorvete de flocos sem motivo. Ando observando todo tipo de gente e volto pra casa querendo ser cada uma delas.
Corro distancias sem me deixar doer, finjo não ser romântica de um jeito leve, bem lento pra tentar ser entendida de primeira, mas sempre acabo me confundindo. Voltei a ouvir bossa, um jeito de remoer a saudade e dividir a minha cama.
Dos meus olhos brotam esperança, lembro das viagens com meu pai, do primeiro dia de aula, dos olhinhos do menino de lá, do cheiro de café e biscoito de polvilho da casa da vó, da minha casa de arvore, o primeiro beijo, a primeira moça que veio morar dentro de mim, as madrugadas escrevendo e vários e vários amores a contra gotas.
Amo assim, baixinho, sem deixar trans-parecer, sempre foi assim. Assim é mais fácil. Não quero criar tendencias, as coisas são bonitas assim, na poesia.
Saio da cama, acendo um cigarro, sento na janela tentando meditar. Fico natural assim, sonhando. Que tipo de gente eu sou? Não sou, sou agora, e logo deixo de. Normalmente sou impulsiva, é que não sei me moldar em coisas pequenas.
Pego o telefone, disco o numero, vontade de ouvir aquelas palavras doces que seriam só minhas, só minhas ? Desligo, surpresa nenhuma. Não vou jogar fora palavras desconexas a meu bel-prazer.
Sou assim, a vida me fez assim, não gosto sempre... a maioria das vezes nem gosto. Mas tenho um coração e o sigo, assim, aos trancos e barrancos, caindo. Cada um sabe as dores e as delicias de ser o que é.  Continuo, eu gosto de ir, vou com a musica, as palavras e o vento. E continuo acreditando que amanha vai sair sol.

às 14:54 , 0 Comments

Em uma noite insone...

Carta, que seria em preto e branco, um papel envelhecido, fecharia o envelope com a língua. Sei que fico inventando obstáculos impossíveis quando na verdade ela parece quebrar todos os muros.
Tem espaço pra ela em minha vida, mas talves eu tenha dito não. Na verdade eu não disse nada, ela muito menos.  Foi bonito logo da primeira vez, mas foi muito mais bonito depois, quando acreditei que saiam fagulhas em cada canto que ela tocava. E que quando encostou eu sabia que não ia conseguir transformar aquilo em palavras. Eu pensava musica enquanto ela falava, afinal ela tem uma voz cantada e uma risada sacana.
Sabia que me emociono com motivos bobos, como comerciais de margarina ? Eu tenho sonhos de mais pra essa ambiente. Eu quero correromundocorrerperigo, e adoraria que ela estivesse junto.
É raro eu me apaixonar, mas quando me apaixono, me apaixono pra cacete.  É... as vezes falo palavrão por que ainda não aprendi a segurar a barra quando as coisas ficam punks de mais. Sou louca e ela nem desconfia, por que essas palavras todas não mostram quem eu sou, mas sim quem eu fui e quem um dia pretendo ser.
Sabia que eu deixaria um livro pela metade só para vê-la? Sabia que não estou assim... assim tão boba, mas posso ficar caso ela me abrace e mexa nos meus cabelos?
Eu escrevo sobre amor, mas não sei  falar a respeito. Eu gosto de certeza, mas eu nunca me importo de voar...
Quando eu a vi dormindo, pude guardar seu sorriso em minha boca, e trouxe ela em meus olhos. Houve um sentimento que tremeu.
Sempre, em qualquer lugar em que existe ou existir um casal, existira esses clichês e possibilidades de aventuras e estragos, dores e alegrias e varias emoções... enfim, que se foda. Sobrevive-se.
Meu coração ultimamente carrega pequenos casos e acasos, fumo um cigarro atrás do outro apenas pensando nela  e continuo guardando possibilidades, mudas, mas possibilidades...

às 10:10 , 0 Comments