Você pode....

Você pode ir embora e nunca mais ser a mesma. Você pode voltar e nada ser
como antes. Você pode até ficar, pra que nada mude, mas aí é você que não
vai se conformar com isso. Você pode sofrer por perder alguém.
Você pode até lembrar com carinho ou orgulho de algum momento importante
na sua vida: formatura, casamento, aprovação no vestibular ou a festa mais
linda que já tenha ido, mas o que vai te fazer falta mesmo, o que vai doer
bem fundo, é a saudade dos momentos simples:
Da sua mãe te chamando pra acordar,
do seu pai te levando pela mão, dos desenhos animados com seu irmão,
do caminho pra casa com os amigos e a diversão natural. Do cheiro que
você sentia naquele abraço, da hora certinha em que ela sempre aparecia
pra te ver e, como ela te olhava com aquela cara de coitada pra te derreter.
De qualquer forma, não esqueça das seguintes verdades:
"Não faça nada que não te deixe em paz consigo mesma;
Cuidado com quem anda desabafando;
Conte até três (tá certo, se precisar, conte mais);
Antes só do que muito mal acompanhada;
Esperar não significa inércia, muito menos desinteresse;
RENUNCIAR NÃO QUER DIZER QUE NÃO AME;
ABRIR MÃO NÃO QUER DIZER QUE NÃO QUEIRA;
O TEMPO ENSINA, MAS NÃO CURA.

Martha Medeiros

quarta-feira, 20 de outubro de 2010 às 21:22 , 0 Comments

"Canta que é no canto que eu vou chegar
Canta o teu encanto que é pra me encantar
Canta para mim, qualquer coisa assim sobre você
Que explique a minha paz
Tristeza nunca mais"

Los Hermanos. (Casa pré-fabricada)

domingo, 10 de outubro de 2010 às 19:26 , 0 Comments

E ela veio....

“ela é uma moça de poses delicadas,
sorrisos discretos e olhar misterioso.
ela tem cara de menina mimada,
um quê de esquisitice, uma sensibilidade de flor,
um jeito encantado de ser, um toque de intuição
e um tom de doçura.
ela reflete lilás, um brilho de estrela, uma inquietude,
uma solidão de artista e um ar sensato de cientista.
ela é intensa e tem mania de sentir por completo,
de amar por completo e de ser por completo.
dentro dela tem um coração bobo,
que é sempre capaz de amar e de acreditar outra vez.
ela tem aquele gosto doce de menina romântica
e aquele gosto ácido de mulher moderna.”
Caio Fernando Abreu

Entrou nessa nova relação sem criar expectativas. Entrou como quem não quer nada, querendo apenas um grão de felicidade em meio a uma praia enorme de incertezas.
Sempre achou que a vida era feita de pequenos instantes mágicos e grandes momentos de frustração.
A vida se mostrou mais aberta depois que conheceu aquela moça.
Por um tempo não quis acreditar que a vida tivesse colocado alguem tão diferente ao seu lado.
Mas o destino.... trouxe ela pelas mãos e colocou bem ali, posta ao seu lado, como se fosse tudo ao acaso. Como se estivesse fazendo uma brincadeira marota com uma menina seria ao extremo.
Foi quando surgiu o encantamento... As primeiras palavras trocadas, horas e horas de uma conversa que poderia continuar por dias.
O primeiro olhar. Um olhar furtivo em mãos muito bem desenhadas. O olhar que tentava decifrar em trovas e rimas as intenções daquela que se postava a sua frente.
Depois veio o toque, o beijo, a química que faltava para uma sensação de prazer e medo.
Prazer e medo, prazer e medo. Um turbilhão de emoções que afloravam de uma mente sã.
Resolveu deixar fluir, resolveu que o melhor a fazer era esperar e ver como tudo caminhava, como as coisas iriam se portar naquela nova situação.
Se portaram como não se imaginava. Após o encantamento veio a paixão.
Foram surgindo aos poucos os últimos pensamentos antes de dormir.... Ela!
Foram surgindo aos poucos os primeiros pensamentos da manha.... Ela!
Foram surgindo os espasmos de pensamentos no meio da tarde.... Ela, Ela e Ela !
Estava apaixonada. Aquela menina que nem acreditava mais que isso poderia acontecer, aquela que só acreditava na desilusão de amores quebrados.
Mas... e a recíproca?
No meio da madrugada veio a constatação:
" Estou discretamente apaixonada por você."


às 18:16 , 0 Comments

Que a outra...

Que a outra saiba quando estou com medo, e me tome nos braços sem fazer perguntas demais.

Que a outra note quando preciso de silêncio e não vá embora batendo a porta, mas entenda que não a amarei menos porque estou quieta.

Que a outra aceite que me preocupo com ela e não se irrite com minha solicitude, e se ela for excessiva saiba me dizer isso com delicadeza ou bom humor.

Que a outra perceba minha fragilidade e não ria de mim, nem se aproveite disso.

Que se eu faço uma bobagem a outra goste um pouco mais de mim, porque também preciso poder fazer tolices tantas vezes.

Que se estou apenas cansada a outra não pense logo que estou nervosa, ou doente, ou agressiva, nem diga que reclamo demais.

Que a outra sinta quanto me dói a idéia da perda, e ouse ficar comigo um pouco - em lugar de voltar logo à sua vida.

Que se estou numa fase ruim a outra seja minha cúmplice, mas sem fazer alarde nem dizendo ''Olha que estou tendo muita paciência com você!''

Que quando sem querer eu digo uma coisa bem inadequada diante de mais pessoas, a outra não me exponha nem me ridicularize.

Que se eventualmente perco a paciência, perco a graça e perco a compostura, a outra ainda assim me ache linda e me admire.

Que a outra não me considere sempre disponível, sempre necessariamente compreensiva, mas me aceite quando não estou podendo ser nada disso.

Que, finalmente, a outra entenda que mesmo se às vezes me esforço, não sou, nem devo ser, a mulher-maravilha, mas apenas uma pessoa: vulnerável e forte, incapaz e gloriosa, assustada e audaciosa - uma mulher.

Lya Luft

quarta-feira, 6 de outubro de 2010 às 19:55 , 0 Comments