Chegando ao Fim.

No meio da noite escuto Chico, cantando de longe Ligia. ‘’E quando eu lhe telefonei, desliguei, foi engano”.
Por mais que não pareça, me sinto feliz... continuo poetizando um dia de chuva e sorrindo nos dias de sol, continuo cantando e escrevendo no mesmo ritmo lento e continuo fingindo não ser romântica.
Descobri que Ligia vinha da casa vizinha. Sorri. Sorri ao lembrar que sussurrava no vento para que as palavras chegassem aos seus ouvidos exigentes. Sorri ao lembrar que ainda escrevo você. Lembrei que não houve despedida.
Um dia desses peguei meu carro e no meio do caminho descobri que não sabia onde iria. Dirigi por minutos que pareceram horas... Pensei em coisas muito bonitas que me esperam. Quando voltei a realidade, tive um a certeza: eu vou te amar em todos os meus amores. Não posso mais discutir.
Relembro cada momento como filme: você, eu, ela, eles, muitos nós.... Quero em questão de urgência te mandar um torpedo dizendo: Tu és a mais linda das orquidias.
Mas está passando. Está passando a vontade de te ligar em cada farol vermelho que paro, a vontade de te contar dos meus momentos de loucura e dos poucos de lucidez. Parece que estou mais madura, mais eu e menos você.
Eu deixei o caminho aberto e você fechou. Hoje quero pedir: Não derrame felicidade nos meus olhos. Me deixe passar. O amor foi grande, continua imenso, sempre será seu. Um dia ainda quero viver ao lado seu, voltar a época das ligaçoes intermináveis e horas de silencio ao som de Chico. Sonho assim, assim doí menos.
Ainda te quero bem, respeito você, respeito nos. Mas amores passados devem permanecer na poesia. Por isso agora estou me despedindo de você. Largo tudo. Deixo você ir e me dou ao direito de fazer o mesmo.
Que seja eterno enquanto lindo.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012 às 15:25 , 0 Comments